Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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Legítima defesa
Este artigo foi publicado no jornal Guarulhos Hoje, dia 14 de setembro de 2016.

Josinaldo José de Barros (Cabeça)
Presidente em exercício
do Sindicato dos Metalúrgicos
de Guarulhos e Região
www.facebook.com/josinaldo.cabeca.1
josinaldo@metalurgico.org.br

O governo Temer joga pesado no ajuste fiscal. Tal ajuste enxuga investimentos, paralisa obras públicas, arrocha vencimentos de Servidores e avança sobre direitos de trabalhadores da ativa e aposentados.

Até o momento, o governo não teve coragem de assumir que quer, mesmo, reduzir o chamado “custo Brasil”, uma ideia neoliberal maléfica, segundo a qual o problema do capital é o custo do trabalhador. Não disse, nem dirá. Mas segue avançando sobre nossos direitos.

Observe: Temer não adotou uma só medida que contrarie interesses de bancos, especuladores e do grande capital. Todas as medidas apontam contra direitos e garantias trabalhistas e sociais.

Inegável que o Brasil vive uma grave crise econômica e política. Não há um único brasileiro que não queira ver o País crescer, com emprego, renda, oportunidades e paz. Mas a classe trabalhadora não pode, outra vez, pagar sozinha a conta da crise.

Os metalúrgicos têm consciência da gravidade da conjuntura e vêm apresentando propostas em prol do crescimento. Uma delas é o Plano Nacional de Renovação Veicular. A discussão começou no governo Dilma, foi interrompida pela crise política e não tem avançado.

Ou seja, nossa categoria não apenas reivindica. A categoria faz propostas, como, por exemplo, baixar taxa de juros. A Selic está muito alta. Isso encarece o crédito, estimula a especulação, afeta o setor produtivo e gera desemprego.

O que queremos, afinal? Queremos um País justo. Mas não haverá justiça sem respeito a direitos trabalhistas e sociais. Por isso, nos revolta ouvir propostas de ampliar a jornada para até 12 horas diárias, reduzir a 15 minutos a hora da refeição, desmanchar a CLT e impor o negociado sobre o legislado.

Semana passada, dezenas de entidades metalúrgicas de todo o Brasil se reuniram em São Paulo e decidiram por paralisação nacional, dia 29 de setembro. Será paralisação em legítima defesa dos nossos direitos, das nossas conquistas e da nossa dignidade.

Desafio - O grande desafio brasileiro, hoje, é unir capital e trabalho num projeto de desenvolvimento, atraindo principalmente o empresariado nacional.

Mas o governo precisa parar de atacar nossos direitos, porque a classe trabalhadora não vai engolir a precarização. Vamos resistir e lutar. E os metalúrgicos vão à luta dia 29.

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