Após quase um mês de paralisação contra atraso nos salários, os cerca de 400 funcionários da Bardella (Cumbica) encerraram o movimento no final da tarde da segunda (2). O Sindicato apoiou a mobilização, iniciada dia 5 de setembro, e conduziu as negociações com a empresa.

O diretor Elenildo Queiroz Santos (Nildo), que é funcionário da empresa, destaca: “A direção da fábrica propôs pagar de imediato uma parcela de R$ 1.000,00 para todos os funcionários, comprometendo-se a quitar o restante da dívida até fevereiro do próximo ano”.

José Roberto Mendes, presidente da Bardella, também assumiu o compromisso de não atrasar mais os próximos pagamentos. “Apresentamos a proposta aos trabalhadores, que aceitaram dar um crédito de confiança à empresa e decidiram retomar as atividades”, completa Nildo.

A Randra Molas, também localizada em Cumbica, é outra empresa onde os trabalhadores tiveram problemas com o pagamento. Os 70 metalúrgicos entraram em greve dia 15 de setembro e só voltaram ao trabalho nesta terça, após um acordo para o pagamento dos atrasados.

Nosso diretor José Carlos Santos (Chorão), que conduziu as negociações com a direção da fábrica, explica: “A empresa se comprometeu em quitar os salários no prazo de, no máximo 40 dias, e também não atrasar os próximos vencimentos. A proposta foi aceita e a greve acabou”.

Nas duas fábricas há uma definição: em caso de novo atraso, os trabalhadores voltam a cruzar os braços. Nildo resume: “Não é justo o companheiro se dedicar ao trabalho, e não receber. Muitos não tinham mais dinheiro até para a alimentação”.