• 26/3/2018 - segunda-feira

Aumento da informalidade no mercado
de trabalho derruba consumo

O jornal Folha de S. Paulo publicou nesta segunda (26) a seguinte manchete: “Informalidade ameaça alta do PIB neste ano”. E completa logo abaixo: “Renda dos sem Carteira assinada é menor e já afeta consumo das famílias”. Ou seja, a política econômica de Temer e sua reforma trabalhista são altamente lesivas para o trabalhador e o conjunto da economia.

A matéria do jornal informa que, no ano passado, foram criadas 1,8 milhão de vagas sem Carteira assinada. Já no mercado formal, com Carteira assinada, o Brasil perdeu  685 mil vagas.

Dieese - O setor de imprensa do Sindicato foi ouvir quem entende do riscado. Para isso, entrevistamos o economista Rodolfo Viana, que responde pela subseção do Dieese (Departamento Intersindical de Economia e Estudos Socioeconômicos) em nossa entidade.

Rodolfo Viana, economista do Dieese, diz que a reforma trabalhista trouxe precarização e só beneficia o empresariado

Ele explica que a reforma trabalhista de Temer, além de cortar direitos, estimulou a precarização do trabalho. Diz Rodolfo: “A reforma não beneficia o trabalhador, mas sim para o grande empresariado”. O economista comenta: “Emprego informal está longe de dar as garantias que trabalhadores com Carteira assinada possuem, como no caso dos metalúrgicos, que têm uma Convenção Coletiva”.

Mas os prejuízos não ficam só na conta do trabalhador. O governo também perde, porque, com a informalidade, não há recolhimento do Fundo de Garantia, Previdência e mesmo impostos como o ISS perdem receita. Consequentemente, a população é prejudicada, com a queda de verbas para o seguro-desemprego, as aposentadorias e a casa própria.

Pereira - Nosso presidente José Pereira dos Santos critica: “O modelo neoliberal só produz desemprego, precarização e exclusão social. Estão fazendo de tudo pra quebrar de vez o Brasil. Mas nosso povo não vai permitir esse crime de lesa-Pátria”.