Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 13/3/2019 - quarta-feira

Um problema que se repete

Nos países frios, os governos adotam medidas preventivas contra as nevascas. Mobilizam forças do Estado na prevenção e socorro e mantêm brigadas civis prontas pra entrar em ação.

Aqui, nada disso ocorre. Somos um País tropical, onde, em certas épocas do ano, chove e chove muito. Aliás, até o compositor Tom Jobim registra isso em sua famosa canção, na qual diz “são as águas de março fechando o verão”.

Pois bem. Em São Paulo, a última chuva forte matou 12 pessoas. Como isso já se tornou rotineiro, a gente acaba nem se dando conta do tamanho da tragédia. Mas, além da morte de 12 pessoas, restaram perdas materiais, trânsito paralisado por horas, prejuízos econômicos e, claro, doenças trazidas pelas águas sujas e contaminadas.

Em Guarulhos, guardadas as proporções, não foi diferente. As chuvas castigaram a cidade, atingindo principalmente a periferia, onde vive o povo pobre. Em vários momentos, a cidade parou, pessoas não puderam ir ao trabalho, imóveis foram inundados, com as perdas econômicas e grandes transtornos para os moradores.

Penso que nossos governantes precisam chegar a um acordo com a natureza, até porque não se vai impedir chuva forte por meio de decreto. O que precisam, portanto, é adotar medidas preventivas e fazer as obras necessárias para escoar a água ou conter o impacto das enchentes.

Evidentemente que o estrago causado pelas chuvas fortes tem a ver com a ocupação indevida do solo urbano, o desmatamento descontrolado, construções em várzeas e estrangulamento urbano de áreas baixas, que são o caminho natural das águas.

Os governos também ignoram medidas simples, e de custo razoável, como o plantio de árvores adequadas para reter a água na copa e no solo, calçadas permeáveis e piscinões.

Educação - Outro fator é a Educação. Quando a água baixa, choca ver a quantidade de resíduos, lixo, garrafas pet, sofás, geladeiras, pneus e tantas outras coisas que a própria população joga. Por que os governos e a mídia não fazem campanhas preventivas? Por que as escolas não tratam desse tema com os alunos, especialmente as crianças?
Não podemos mais ficar impassíveis ante as tragédias anunciadas, que prejudicam a todos.

MULHER - Parabenizo o Departamento Feminino do Sindicato pelo “Março Mulher”. As companheiras Roseli, Márcia e Raquel, apoiadas por nossos diretores, têm ido às fábricas alertar sobre a reforma previdenciária. As maiores vítimas serão as mulheres. Portanto, é uma reforma que atinge duramente o núcleo familiar. Alertar, conscientizar e resistir: esse é o nosso papel.

José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato
dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical
E-mail: pereira@metalurgico.org.br
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Blog: 
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