Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 18/12/2019 - quarta-feira

O trabalho merece respeito

Num ambiente de recessão prolongada e de desemprego alto, o sindicalismo busca resistir. Essa resistência ganha ainda mais peso e importância ante a continuada onda de ataques do governo aos direitos trabalhistas e às entidades de classe.

Observe que mesmo o Sistema S (Sesi, Senai, Sesc, Senac etc.) não escapa aos ataques. Esse Sistema, que beneficia concretamente os trabalhadores e a cultura nacional, é gerido pelo patronato. Ou seja, até importantes organizações ligadas ao capital produtivo entram na alça de mira do governo. Este momento em que se discute a implantação da Indústria 4.0, o que mais precisamos é de instituições sérias que levam conhecimento a trabalhadores.

Parece claro, portanto, que o projeto da atual classe dominante é atingir direta ou indiretamente o mundo do trabalho e o setor produtivo nacional. O resultado disso é nefasto, pois precariza o trabalho, reduz a renda assalariada, enfraquece especialmente a indústria e, no final das contas, diminuiu nosso mercado interno brasileiro, cuja mola mestra sempre foi o consumo das famílias.

No ano que se encerra, o sindicalismo fez de tudo pra manter direitos, buscando principalmente a preservação das cláusulas das Convenções Coletivas de Trabalho. Como se sabe, a Convenção assegura benefícios e garantias superiores ao que estabelece a lei, pois seu conteúdo deriva da negociação coletiva.

Em se tratando dos Metalúrgicos de Guarulhos, fizemos três movimentos mais fortes durante o ano. Primeiro, conseguimos, na campanha salarial, manter integralmente as Convenções Coletivas. No que diz respeito à ação na base, a diretoria trabalhou diariamente para firmar acordos de PLR - Participação nos Lucros e/ou Resultados das empresas. E o balanço é positivo, pois renovamos acordos e firmamos novos, muitos deles com aumento real. O terceiro movimento é o de buscar melhorias fábrica por fábrica.

Observe que tudo isso foi feito ante uma queda brutal na receita da entidade (devido ao fim brusco das contribuições), à alta rotatividade da mão de obra, ao arrocho salarial e, claro, levando-se em conta as dificuldades econômicas que afetam amplos segmentos fabris, porque o governo não tem política industrial.

Neste ano duro de 2019, o Sindicato fez o que pôde e não se omitiu. Para o próximo ano, a orientação é seguir na mesma linha, buscando também firmar parcerias que ampliem a rede de serviços e benefícios da nossa entidade à família trabalhadora - especialmente nas áreas de saúde, educação, lazer e aposentadorias.

Ministra - De todas as atividades humanas, a mais nobre é o trabalho. No Estado Democrático de Direito, as relações de trabalho precisam ser protegidas. Até porque todo contrato - de aluguel, plano de saúde ou mesmo a compra parcelada de uma geladeira - tem regras claras de proteção. Nesse sentido, é lamentável que a futura presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Maria Cristina Peduzzi, venha defender mais desmonte na CLT. Querem o quê? A volta da escravidão?!

José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical

E-mail: pereira@metalurgico.org.br
Facebook: www.facebook.com/PereiraMetalurgico
Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

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