Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 12/2/2020 - quarta-feira

É HORA DE UNIÃO

Saúdo a justa greve dos petroleiros, a maior empresa nacional. A Petrobras foi criada por Getúlio Vargas, com muita luta. As petroleiras multinacionais não queriam uma estatal no setor e seus agentes internos infernizaram a vida de Getúlio, por causa de sua persistência.

No seu auge, há cerca de 10 anos, a cadeia produtiva da Petrobras representava perto de 12% do PIB nacional. A empresa é a mais avançada do mundo em vários setores, inclusive na prospecção em águas profundas, como o pré-sal. Na sua fase mais próspera, a Petrobras era, na prática, a maior escola de engenharia do mundo, pois dava qualificação profissional e possibilitava aperfeiçoamento a praticamente todas as funções dentro da engenharia.

Os petroleiros são organizados em Sindicatos regionais e, nacionalmente, há duas Federações que representam as entidades de base. Essa greve, que na segunda-feira chegava ao 17º dia, é resultado da unidade da categoria, de seus Sindicatos e das Federações. A paralisação, que a grande mídia errou em ignorar, foi crescendo dia a dia. Se a greve persistir, em pouco tempo começa a faltar combustível nos postos.

O sindicalismo tem manifestado apoio à greve e entidades da sociedade, inclusive de advogados, mostram-se a favor do movimento. Registro, por questão de Justiça, que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre, receberam as Centrais Sindicais e entidades dos petroleiros, comprometendo-se a buscar a abertura de diálogo com a direção da Petrobras.

Há uma ideia equivocada, em certos setores da sociedade e dos governos, de que o sindicalismo gosta de fazer greve. Não é verdade. A tradição sindical brasileira é de diálogo. A greve, embora respaldada pela lei, é sempre o último recurso dos trabalhadores. A greve dos petroleiros é em defesa dos empregos, pois a empresa fechará sua unidade no Paraná e tem feito cortes constantes no número de empregados.

UNIDADE - Importante frisar que a força da greve dos petroleiros resulta principalmente da unidade sindical das entidades. A união entre as direções passa mensagem de força e estímulo à base. Num momento de crise econômica, desemprego, precarização do trabalho e ataques duros aos direitos trabalhistas, a união ganha ainda mais força e poder. Sendo assim, temos que combater toda tentativa de divisionismo.

MARTINELLI - Manifesto aqui, em nome do Sindicato e da categoria, meu abraço de despedida a Raphael Martinelli, que morreu domingo, aos 95 anos. Líder ferroviário, dirigente do CGT, nacionalista e militante das causas justas, o companheiro foi um exemplo de lucidez, coerência e coragem. No sindicalismo e na política, era uma voz pela unidade das forças progressistas e do nosso povo. Era amigo do presidente João Goulart, com quem tive o orgulho de militar no PCB e acompanhar, por convite da família de Jango, no enterro dos restos mortais do presidente em São Borja (RS).

José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical

E-mail: pereira@metalurgico.org.br
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Blog: www.pereirametalurgico.blogspot.com

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