A redução de jornada de trabalho sempre foi uma bandeira de luta do nosso Sindicato. E, nesse sentido, a categoria metalúrgica saiu na frente. A conquista das 44 horas semanais aconteceu mesmo antes da promulgação da Constituição Federal, em 5 de outubro de 1988. Nossa Convenção Coletiva já garantia a redução de 48 pra 44 horas, desde 1985.

O advogado e coordenador do Departamento Jurídico do Sindicato, dr. Marcílio Penachioni, afirma que quando há redução o metalúrgico trabalha menos e ganha mais. Ele aponta: “O salário/hora, por exemplo, antes somava o salário fixo do trabalhador e dividia por 240, que é a base para calcular a hora extra. A partir do momento que houve a redução de jornada, ele passou a ser dividido por 220. Essa operação resultou num aumento de 9,09% no salário/hora. Portanto, além de trabalhar menos a pessoa teve efetivo aumento no valor do salário/hora”.

A jornada reduzida também oferece melhor qualidade de vida, aumenta o tempo do trabalhador com a família, estudo e lazer, além de criar possibilidade para novas vagas e contratações.

Nosso presidente José Pereira dos Santos assegura: “A redução não beneficia só o trabalhador. Ela também interessa ao mercado, porque, com mais empregos, há mais consumo e o aumento desse consumo gera mais produção, movimentando a economia”.

Acordos - Mesmo após a conquista das 44 horas, a luta do movimento sindical pelas 40 horas, sem redução de salário, continuou. Porém, sem êxito devido à piora na conjuntura econômica do País. Segundo o dr. Marcílio, nosso Sindicato já firmou vários acordos individuais de redução. “Negociamos jornadas de 42 ou mesmo de 40 horas, com diversas empresas, preservando empregos e salários. Mas a meta é avançar nessas negociações”, conclui o advogado.