Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 2/9/2020 - quarta-feira

Mal na saúde, pior na economia

No começo da pandemia gerada pelo novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro dizia que o mais importante era manter o funcionamento da economia.

E qual o saldo desse erro? Na saúde, mais de 120 mil brasileiros mortos pela Covid-19; quatro milhões de contaminados. Na economia, queda de 9,7% no Produto Interno Bruto e redução de 12,5% no consumo das famílias, mesmo com o pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600,00.

Esse Auxílio, vale relembrar, só saiu por pressão do movimento sindical e graças à articulação do sindicalismo no Congresso Nacional. Bolsonaro e Guedes queriam pagar só R$ 140,00; depois, R$ 200,00; depois, R$ 300,00. Mas o Congresso impôs sua autonomia e o Auxílio de R$ 600,00 matou a fome de milhões de brasileiros.

Agora, quando chega a hora de definir o Orçamento de 2021, Bolsonaro poderia mostrar que defende a economia. E o que ele faz? Reduz a previsão do Salário Mínimo e baixa o valor de R$ 1.079,00 pra R$ 1.067,00. É uma diferença de R$ 12,00 por mês, que se deve multiplicar por 13, pois o trabalhador da ativa e o aposentado recebem 13º salário. Feito isso, multiplicar por 48 milhões, que é o número de pessoas da ativa, aposentadas e pensionistas que recebem o mínimo.

Nesses 20 meses de governo Bolsonaro, o desemprego disparou; cresceu a informalidade no mercado de trabalho; caiu o investimento público; não chegaram  investimentos estrangeiros; pioraram as condições de trabalho; houve forte queda na indústria; preços de remédios e alimentos tiveram aumento - enfim, o País passou a viver como numa economia de guerra.

Ocorre que numa guerra os comandantes orientam o povo e se pronunciam perante a Nação. Aqui, nada acontece. O presidente só fala no cercadinho de Brasília ou em eventos onde sabe que estarão os fanáticos bolsonaristas. Pior, quando fala da Covid-19 só diz besteiras, ao afirmar que não é coveiro ou empurrando a cloroquina goela abaixo dos brasileiros.

Lamento dizer, mas o bolsonarismo nos levará a um saldo trágico. O governo cortou verbas pra pesquisa, reduziu recursos ao SUS e ainda tentou cortar dinheiro da Educação, com vetos ao novo Fundeb.

Na questão ambiental, viramos vergonha mundial devido às queimadas no Amazonas e no Pantanal. Também choca o mundo a forma com que tratamos os povos indígenas, deixando avançar os garimpos ilegais, que levam doenças e devastação a essas comunidades.

Eu não estou surpreso. Estou indignado. O Brasil tem tudo pra dar certo. Mas Bolsonaro faz tudo pra atrasar o País e humilhar a Nação.

José Pereira dos Santos - Presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
e secretário nacional de Formação da Força Sindical

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