Segunda, dia 9, o Valor Econômico publicou matéria sobre a decadência da economia brasileira. O Brasil sairá “do seleto grupo das 10 maiores economias do planeta”, devido à desvalorização crescente do Real e à queda do Produto Interno Bruto.

As maiores economias, segundo dados do FMI avaliados pela Fundação Getúlio Vargas, são Estados Unidos e China. O primeiro registra um PIB de US$ 20,8 trilhões - em 2019 eram US$ 21,4. Já a China sobe de US$ 14,7 trilhões para US$ 15,2 tri.

No governo Dilma (2011), chegamos à sexta posição. Em 2019, éramos a nona economia, com um PIB, em dólares, de 1,8 trilhão. A queda para a 12ª posição indica que nosso PIB ficará em US$ 1,4 trilhão. Canadá, Coreia do Sul e Rússia estarão na nossa frente.

Pergunto: o que ocorreu de impactante no Brasil de 2016 pra cá? Quatro fatos: 1) O impeachment de Dilma e o agravamento da crise econômica e política; 2) O avanço da extrema direita no Executivo e em setores do Legislativo; 3) O endurecimento da onda de ataques aos direitos; 4) O congelamento de investimentos públicos, em obras e na saúde.

E do ponto de vista ideológico e administrativo, o que aconteceu nestes anos? Vimos avançar o neoliberalismo, a agressão aos direitos, a reforma previdenciária, o congelamento por 20 anos do investimento público em saúde e educação, os ataques ao sindicalismo e a precarização crescente do trabalho.

Ou seja, estamos bebendo a água suja do neoliberalismo, que nos é impingida por governos antinacionais. Governos inimigos também da indústria nacional, da ciência, da tecnologia, da educação, da cultura e da saúde pública. Esse tipo de governo - o de Bolsonaro, principalmente - também agravou a radicalização política e a divisão entre brasileiros.

Não quero aqui fazer um relato pessimista. Até porque o poder neoliberal vem sofrendo derrotas. Entre elas, a vitória peronista na Argentina, a eleição da esquerda na Bolívia e a recente derrota de Donald Trump nos Estados Unidos. Isso mostra que muita gente começa a pular do barco neoliberal.

Dia 15 - Domingo, iremos às urnas. Há uma ampla lista de opções, pra vereador e prefeito. Não devemos escolher por emoção ou motivo religioso. Examine a história do candidato e seus compromissos; verifique se o partido é sério e tem comprometimento com a Nação.

Um voto não mudará o Brasil. Mas o acerto coletivo, escolhendo os melhores, ajudará a melhorar a vida de todos nós. Boa eleição.