Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 16/11/2020 - segunda-feira

Pandemia acentuou desigualdade
entre negros e brancos, aponta Dieese

O Dia da Consciência Negra, 20 de novembro (sexta), é mais que feriado. A data estimula o debate contra a discriminação. Vale lembrar que, pelo Artigo VII, Inciso 42 da Constituição, racismo é crime, e crime sem fiança.

O negro ganha menos, é o último a ser contratado e encabeça a lista das demissões. A condição da trabalhadora negra é ainda pior. E a pandemia agravou o desequilíbrio entre negros e brancos no mercado de trabalho, informa boletim especial do Dieese - Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudo Socioeconômicos.

Rodolfo Viana, responsável pela subseção do Dieese no Sindicato afirma: “Homens e mulheres negros, ocupados em situação de informalidade, no trabalho doméstico e sem vínculo legal, foram os que mais sofreram os efeitos da crise da Covid-19”.

Baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad  Contínua), o boletim aponta que dos 8 milhões de pessoas que perderam o emprego entre o 1º e o 2º trimestre de 2020, 6,3 milhões eram negros e negras, o equivalente a 71% do total. Entre o 4º trimestre de 2019 e o 2º de 2020, cerca de 72% ou 8,1 milhões de negros e negras estavam em situação vulnerável no País.

Houve também aumento da taxa de desocupação entre o 4º trimestre de 2019 e o 1º trimestre de 2020, uma vez que as pessoas perderam os trabalhos temporários e começaram a buscar novas oportunidades. Para os homens negros, a taxa de desocupação passou de 11,8% para 14,0%, do primeiro para o segundo trimestre de 2020; para os não negros, de 8,5% para 9,5%; e para as mulheres negras, de 17,3% para 18,2%, no mesmo período.

Sindicalismo - Segundo o Dieese, a pressão sindical conseguiu proteger parte dos empregos formais, via MP 936.
Porém, oito milhões de pessoas (maioria negra) ficaram sem trabalho e renda. Nosso presidente José Pereira dos Santos diz: “O negro ainda é a principal vítima da injustiça social. No mercado de trabalho, os negros ganham menos e ficam com as piores vagas. O Sindicato é e sempre será trincheira de luta contra a discriminação”.

Leia - Boletim especial do Dieese para o Dia Nacional da Consciência Negra. Clique aqui.
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