Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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•29/1/2021 - sexta-feira

Diretor do Stap defende empregos
e continuidade da Proguaru

Nossa live semanal recebeu quinta (28) Eli Edgar dos Santos, diretor do Sindicato dos Servidores e funcionário da Proguaru. Ele falou do fechamento da Proguaru e da demissão de mais de 4,6 mil trabalhadores.

Há 13 anos na empresa, o diretor explica que ingressou por meio de concurso público. “Em 2008, quando entrei, tínhamos segurança e éramos valorizados. Em 2012 houve concurso pra líder e eu passei. Hoje não tem mais nada disso”.

Eli ressaltou a importância da Proguaru, que hoje é a responsável pelo serviço de zeladoria na cidade. “Nas 24 horas do dia, temos agente de portaria, ajudante-geral, pedreiros, tapa-valas, capinagem e outros trabalhando pelo bem de Guarulhos”.

CONFIRA ENTREVISTA -

Pandemia - "O trabalhador da Proguaru também atua na linha de frente na pandemia. Realizam a limpeza de todas as unidades de saúde. O pessoal da Proguaru está lá. Lavam todos os dias. Ninguém tem folga."

Terceirização - "É péssimo pra cidade. Tivemos grandes exemplos em Guarulhos. UBSs terceirizadas. Teve muitos problemas. O serviço vai ser prestado, mas não vai ter qualidade e compromisso que o trabalhador da Proguaru tem com a cidade."

Prefeito -
"Não sabemos o que ele pensa. A questão política está pesando mais. Não está preocupado com a vida social do trabalhador. Num país com mais de 15 milhões de desempregados, ele quer demitir mais. Colega minha há mais de 22 anos na Proguaru. Tem mais de 55 anos. Onde vai trabalhar se sair da Proguaru? Ele não pensou na causa social. Nós da Proguaru, deixamos a cidade impecável. Falta de sensibilidade."

Salário médio
- "Média de R$ 1.000,00 a R$ 1.200,00. Não tem como o trabalhador que recebe esse salário, dar prejuízo pra empresa."

Comissionado - "Infelizmente tenho andado em todas as regionais. Tem muito comissionado com salário de R$ 2.700,00 até R$ 8.000,00. Fora os diretores. Tem diretor que ganha R$ 15.000,00. Essa gama de trabalhadores que dá prejuízo. Não são os que ganham R$ 1.000,00. Eles acabaram com planos de cargos e carreira. Poderiam valorizar mais o trabalhador."

13 anos na Proguaru -
"Entrei em 2008. Fiz o concurso, junto com minha mulher. Eu passei. A gente trabalhava com tranquilidade. Tínhamos segurança e éramos valorizados. Havia concursos internos. 2012 houve concurso pra líder. Passei a ser líder. Hoje não tem mais nada disso."

Demissões - "Muitas pessoas dependem exclusivamente desse salário da Proguaru. As reformas trabalhista e da Previdência são muito rigorosas, então muitos não estão conseguindo se aposentar. Eles não têm condições de concorrer ao mercado de trabalho sem ter qualificação de estudo, sem ter currículo adequado. Indiretamente, afetará a economia. Outros empregos deixarão de existir por causa da falta de consumo."

Ações - "Vamos organizar os grupos de acompanhamento. Essa lei pegou todos de surpresa. Não houve tempo pra se planejar uma ação.  Sindicato entrou com algumas ações na justiça. Não podemos aceitar um auditor na Proguaru ligado a prefeitura. Jamais dará um laudo positivo. Vamos tentar participar dessa questão."

Considerações finais - "Gostaria de dizer aos trabalhadores que estamos na mesma barca. Eles querem arrumar justificativa. Querem amedrontar os trabalhadores. Não podemos nos deixar levar por isso. Vamos permanecer unidos, porque é isso que vai garantir a nossa vitória."

Assista:

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