• 3/2/2021 - quarta-feira
Causa que une em Guarulhos
Quem A experiência nos ensina procurar convergências e evitar, sempre que possível, as divergências. Como dizia o saudoso sindicalista Luiz Tenório de Lima, o Tenorinho: - Vamos ao que nos une!
O que une os brasileiros hoje? O combate à Covid-19, a vacinação pelo SUS, o Auxílio Emergencial aos mais pobres e uma política econômica que gere empregos.
E em Guarulhos? Muitas coisas nos unem. Mas, neste momento, combater a extinção da Proguaru e defender os milhares de empregos é causa que une todos os que pensam no bem da cidade.
Podemos, com união e boa vontade, derrotar essa infeliz iniciativa do prefeito Guti. A propósito, registro aqui a posição do presidente da Câmara, Miguel Fausto Martello que falou aos dirigentes do Sindicato da categoria, Stap: - Enquanto eu presidir esta Casa, a Proguaru não será extinta.
A empresa de economia mista é uma instituição consolidada no município há quatro décadas. Os guarulhenses reconhecem o trabalho prestado pela empresa e são testemunhas da dedicação de seus trabalhadores. A maioria deles ganha em torno de R$ 1,3 mil (um mil e trezentos reais). São pessoas simples. E pobres.
Quando falo em Proguaru, penso na sua utilidade geral e na sua força em nossa economia.
Diariamente, de domingo a domingo, nas 24 horas, 360 dias do ano, em qualquer região da cidade, encontramos sempre um Servidor da empresa trabalhando.
Quanto à economia, pense no impacto negativo da perda de 4,6 mil empregos, no fim de um Vale-Refeição de R$ 540,00, nos uniformes, botas, lutas e nas ferramentas de trabalho que não serão mais confeccionados. Tudo isso impactará nossa economia.
Os presidentes de Sindicatos vão gravar vídeos e depoimentos pela continuidade da empresa e dos empregos. As Centrais Sindicais representadas em Guarulhos também gravarão mensagens. E os presidentes nacionais das Centrais se manifestarão.
Fala-se muito quando uma Ford fecha e afeta, segundo o Dieese, mais de 115 mil empregos. Aqui em Guarulhos, se, pra cada posto de trabalho direto, outros três forem gerados, chega-se a mais de 19 mil empregos perdidos. É uma pancada econômica e social.
Peço aos comerciantes, industriais, empresários do setor de serviços, profissionais liberais, enfim, a todos os que têm ativismo econômico na cidade que defendam a Proguaru.
Trabalhadores com baixa escolaridade, e muitos acima dos 40 anos, vão arrumar emprego onde?
José Pereira dos Santos