Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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12/3/2021 - sexta-feira

Em live, dirigente metalúrgica prega combate
à desigualdade salarial para mulheres

Em continuidade às ações do Março-Mulher, promovida pelo nosso Sindicato, entrevistamos em live nesta quinta (11) Mônica Veloso, vice-presidente dos Metalúrgicos de Osasco, membro da Força Sindical e secretária de Política Para Mulheres, da cidade.

Em um bate-papo de quase 40 minutos com o jornalista João Franzin, Mônica falou sobre as ações sindicais do Março-Mulher, sua experiência no Poder Público, importância do Auxílio Emergencial e mais mulheres na política. 

Ela diz: “Nós, mulheres, precisamos ter voz no Sindicato, nas categorias, na política. Promover e articular esse tipo de espaço é fundamental para que possamos construir e fazer com que a mulher brasileira seja valorizada”.


Jornalista João Franzin entrevista Mônica Veloso, vice dos Metalúrgicos de Osasco

Trechos principais:  

Família - Meu pai era metalúrgico, ferramenteiro. Fez Senai. Trabalhou em grandes empresas de Osasco. Minha mãe também. Depois que os filhos cresceram, minha mãe voltou pro mercado e foi ser operária. Naquela época ser metalúrgico era orgulho. Era bem remunerado. Minha mãe, como boa nordestina, teve cinco filhos. Ela sempre foi uma mulher que lutou pelos seus direitos. 

Março-Mulher - Houve uma iniciativa das companheiras de São Paulo pra criar uma troca de experiências e diálogo. Estamos desenvolvendo desde janeiro. O Março-Mulher é o mês inteiro. Esse ano, além de tratar da questão da vacina, vamos falar bastante sobre Auxílio Emergencial e desemprego. 

Mulher na política - O Brasil é um dos piores países em respeito aos direitos políticos das mulheres. Falta representatividade nas Câmaras, Assembleias, Congresso. Seja na questão do voto ou partidos políticos. Pra nós, a representatividade é um ponto fundamental nesse debate. 

Experiência na máquina - Temos o desafio de implementar três eixos fundamentais. 1) Política de enfrentamento e combate a todo e qualquer tipo de violência privada ou institucional; 2) Emancipação econômica no desenvolvimento de trabalho e renda; 3) Protagonismo social e representatividade.

Auxílio Emergencial - Está dentro das campanhas das Centrais. As mulheres estão engajadas dentro dessa estratégia. Aqui, no ano passado, o governo municipal estabeleceu um cartão alimentação no valor de R$ 70,00 por criança matriculada na rede municipal. Isso, antes do Auxílio ser aprovado. 

Ambiente metalúrgico - Vivemos numa categoria em que a maioria é homem. Esse equilíbrio de representatividade também é possível ser feito no ambiente metalúrgico. Precisamos ter voz no Sindicato, na categoria. Promover e articular esse tipo de espaço é fundamental. 

Desigualdade salarial - Hoje temos uma das Convenções Coletivas mais modernas do País, quiçá da América Latina. Mas temos uma legislação que procura minar aquilo que conquistamos enquanto categoria, colocando o legislado sobre o negociado. É uma ideia muito fechada daquilo que se pensa como desenvolvimento da sociedade. Sindicato tem que combater. Temos que tirar esses paradigmas e superar.

Assista -