Durante vários anos, o metalúrgico viu e acompanhou muitas notícias sobre o GAP - Grupo de Apoio Psicoprofissional. Esse trabalho oferecia cursos, palestras, eventos motivacionais e, mais importante, conseguia recolocar no mercado um grande número de trabalhadores.

Muitos companheiros e companheiras da base também participaram de cursos e treinamentos, sempre gratuitos. Ao longo de 15 anos, o GAP atendeu mais de 2 mil pessoas, das mais variadas atividades e diferentes categorias profissionais.

Embora criado e dirigido pelo Sindicato, o GAP tinha gestão operacional e pedagógica a cargo da dra. Rosy Rodrigues, advogada e psicóloga, e de Solange Moncia, assistente social. Por um período, tivemos apoio do Senai.

Mas o Programa teve de ser suspenso, devido ao corte na receita do Sindicato, por força de leis antissindicais e de seguidos ataques dos governos à organização classista. “Quem perdeu, mais que todo mundo, foi o desempregado”, lamenta nosso vice-presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça). Ele conclui: “Era um belo trabalho social, que ajudava as pessoas e também oferecia opções ao mercado de trabalho”.

Emprego – Além de cursos e palestras psicológicas, o GAP também inseria alunos no mercado de trabalho. Três funcionários do nosso Sindicato, por exemplo, vieram do Grupo. Monalisa Silva trabalha na entidade há 15 anos. Hoje atua na tesouraria. Leandro Santos (13 anos, secretaria) e Noêmia Cristina da Rocha (11 anos, secretária no 4º andar).

Monalisa tem mais tempo de casa. Ela atua em nossa entidade há 15 anos. Participou do curso “5S – A base para qualidade” e do seminário. Ela diz: “Ficávamos o dia todo no seminário. Ensinava a como se comportar em entrevistas de trabalho, atualizar currículos, e ajudava muito na parte psicológica”. 

Para ela, foi uma experiência maravilhosa. “Através do GAP, tive um direcionamento. Eu estava desempregada, sem rumo. Mas o Grupo me ajudou, orientou e só tenho a agradecer”.