Em 2013, nosso Sindicato completou meio século. A data foi marcada por eventos e celebrações. Uma das iniciativas foi o lançamento do livro "Perfil dos Metalúrgicos". A obra, com 110 páginas, traz dados e números da pesquisa de campo feita pelo Dieese com 2.088 trabalhadores, em 100 fábricas da base.

A socióloga do Dieese, Laura Benevides, integrou a equipe de pesquisadores. Por isso, ela falou na live semanal do Sindicato (às quintas), conduzida pelo jornalista João Franzin. 

A pesquisa investigou condições de trabalho, formas de contratação, trajetória profissional, salário, renda familiar, entre outros. Segundo Laura, se a pesquisa fosse hoje, a metodologia teria de ser modificada.

Grupo - Éramos uma equipe forte, de cinco mulheres. Trabalhamos pra transformar as questões apontadas numa pesquisa completa e confiável. Fizemos um questionário padronizado e mais de dois mil responderam.

Objetivo - Traçar o perfil da categoria, desde as questões ligadas diretamente ao trabalho até dados sobre renda familiar, confissão religiosa, origens, sindicalização, escolaridade...

Mulher - Apontamos o número de mulheres na categoria, a questão salarial, suas posições nas empresas. Isso municiou o Departamento Feminino do Sindicato.

Atualidade - O que mudou hoje, comparado a uma época de crescimento econômico, é principalmente a queda acentuada nos empregos. O desemprego estimulou a informalidade. A crise é profunda pro trabalhador e a muitas pequenas empresas.

Custos - Esse tipo de pesquisa requer e tempo e recursos. Foram quatro meses de trabalho de campo, visitas a 100 empresas, mais de uma vez cada uma. Um trabalho extenso.

Intermitente - O Dieese ainda não tem banco de dados sobre a questão porque esse tipo de informação não chega até nós. 

Rais - Registro Anual de Informações Sociais. A empresa informa ao governo sobre trabalhadores que estão ou estiveram empregados. Caged é outra base de dados. A empresa  informa ao governo sobre contratação e demissão de funcionários.