Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 16/4/2021 - sexta-feira


José Dilton Braga da Silva (Vanuza)

UM HOMEM SIMPLES, LEAL E FELIZ!

José Dilton Braga da Silva, o popular Vanuza, é um antigo e respeitado dirigente do Sindicato, em cuja diretoria ingressou no ano de 1990. Neste mês, nosso Sindicato completa 58 anos de fundação. Em mais da metade desse tempo o companheiro participou das principais lutas e ações sindicais. 

Por sua atuação combativa e seu reconhecido senso coletivo, Vanuza foi escolhido pra abrilhantar a coluna Personagem do Mês. Merecidamente.

Origem - José Dilton Braga da Silva é baiano, mais exatamente de Piritiba, região da Chapa Diamantina. Neste ano, ele completa seu sexagésimo aniversário. Vanuza tem três filhos e três netos. 

Como muitos trabalhadores de sua geração, o companheiro é migrante. Chegou a São Paulo no ano de 1976 e foi morar em Ermelino Matarazzo (Zona Leste), onde vive até hoje. Conseguiu seu primeiro emprego foi no Supermercado AM Rodrigues, que fica no mesmo bairro onde mora. “Lá eu atuava como empacotador e fazia entregas. Foi uma boa experiência”, relembra. 

Metalurgia - Um ano depois de migrar para a Capital, Vanuza começou a trabalhar no setor metalúrgico. Atuou na Cambuci Metalúrgica e na Scai. Depois, empregou-se na fabricante de panelas Alumínio Penedo, já no ano 1986. Trabalhou de torneiro mecânico e ficou na empresa até 1997. Também foi metalúrgico da HNR e Feeder, empresa à qual está ligado até hoje. 

Sindicalismo - O companheiro tomou gosto pelo sindicalismo quando estava na Penedo, que tinha 1.100 funcionários.  Vanuza conta: “Sempre havia greve em Guarulhos, nas campanhas salariais, mas o pessoal da Penedo não aderia. Eu ficava revoltado. Certa vez, no final da década de 80, resolvi agitar os companheiros por aumento salarial. Fizemos sete dias de greve, conquistamos aumento de 5% e eu me destaquei naquela luta”.

Nas eleições sindicais de 1990, concorreram três chapas. O Vanuza integrou a Chapa 1. Ele diz como foi: “Ganhamos de lavada. E nunca mais perdemos. Eu digo que quem tem trabalho não perde. Não tem que ter medo. Nossa diretoria sempre foi unida e organizada, por isso conquistou tanto pela categoria”.

Greves - Ao rememorar conquistas comandadas pelo Sindicato, Vanuza destaca a “greve andorinha”. Seu depoimento: “Foi uma luta muito bem organizada. Participei de tudo. Passava em várias cidades. Lembro que paramos a Avenida Santos Dumont, em Cumbica, na contramão, e cinco mil trabalhadores protestaram pela celebração do acordo coletivo”. 

Projetos - Vanuza ressalta três projetos que ajudou a emplacar no Sindicato: o Grupo de Apoio Psicoprofissional (GAP), o Clube de Campo e o próprio Pesqueiro. O companheiro fala com entusiasmo: “O Pesqueiro é como se fosse meu. Adoro pescar. Por isso, dei a ideia da criação quando cheguei ao Sindicato. Também tenho muito amor pelo Clube. Cuidei por muitos anos. É um espaço extraordinário a toda nossa categoria e especialmente valoroso pra região do Parque Primavera”.

Auge - José Dilton lembra com emoção do auge do setor metalúrgico. “Tínhamos 90 mil metalúrgicos na base, dos quais 50 mil eram sindicalizados. Nosso trabalho era forte. E continua sendo. O Sindicato é querido na porta da fábrica e assim tem que continuar, sempre presente na porta de fábrica”. 

Saúde - O companheiro viveu momentos dramáticos em 2020. Foi internado com problemas de saúde e ficou entubado por muitos dias. Aquela fase deixou lições. Vanuza alerta: “Com a saúde não se brinca. Eu abusei, mas refleti. Agora eu penso e valorizo o que tenho. Valorizo mais minha família. Eu sofri muito no hospital, mas já passou. Hoje, estou 100%. 

Aposentadoria - Em 2021, Vanuza deixa de integrar a diretoria do Sindicato. Ele avalia que seu legado é a luta incansável nesses anos todos. Agora, pensa num futuro mais tranquilo. Viajar é um de seus projetos. “Conheço 12 Estados brasileiros e quero conhecer mais. Quero ir de ponta a ponta, devagarinho. Viajar uma, duas vezes por ano. Mas sempre voltarei ao Sindicato pra reviver os bons tempos e encontrar os amigos”, ele diz.

Presidente - Vida que segue. Veja: Vanuza deixa o Sindicato e Josinaldo José de Barros (Cabeça) assume a presidência. Nem todos sabem, porém, que Vanuza deu um empurrão pra Cabeça entrar como diretor do Sindicato, no início dos anos 2000. 

Ele conta essa história: “Cabeça é um amigo. Trabalhava na Borlem, mas foi demitido quando a empresa descobriu que ele entraria na Chapa do Sindicato. Então, ele ficava na porta, esperando alguém sair pra ir junto. Certo dia, eu e o Fuminho o chamamos, subimos no carro e fomos pra porta da fábrica fazer assembleia. Aí não parou mais. Virou o que virou. Hoje posso falar que fiz um presidente”. 

Conselho - Vanuza encerra essa conversa amiga com um conselho ao próximo presidente: “A luta tem que continuar, apesar das dificuldades. O Sindicato com certeza ficará em boas mãos. A diretoria vai apoiar. O Cabeça tem garra e vontade. Vai dar tudo certo. Estou feliz”.

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