Nos anos 60, ele foi um jovem e vigoroso operário, abridor de valetas na Light. Determinado, era pau pra toda obra na empresa. Aprendeu, se dedicou e virou um técnico qualificado. Mas sua visão de mundo o conduzia adiante. Assim, em 1970, ele já era delegado sindical de base. Fez carreira brilhante no sindicalismo, aqui e no Exterior. Quando chegou o ano de 1990, foi convidado para ser ministro do Trabalho e da Previdência Social.

Falamos do eletricitário Antônio Rogério Magri, ex-presidente da CGT e hoje assessor sindical. Só em nossa entidade, lá se vão 22 anos. Mas essa história começou antes. Magri, do alto dos seus 80 bem vividos, diz: “Conheço o Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos desde sua criação em 1963. Vivi momentos felizes e também momentos trágicos, como o acidente que matou quatro diretores na Fernão Dias, em 1990”.

Carinho - Magri faz questão de expressar seu carinho por nossa  entidade e categoria. “Quando estou no Sindicato, me sinto entre amigos e irmãos. O metalúrgico tem uma mística especial. É uma categoria de trabalhadores que sempre me inspirou e até hoje inspira dirigentes de outros setores”.

Nesses 58 anos, Antônio Rogério Magri conviveu com praticamente todas as direções da nossa entidade. Ele observa: “O Sindicato de Guarulhos nunca se afastou da base. O presidente Pereira estimulou cursos e seminários, investiu em formação”. Para Magri, o futuro presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça), é fruto desse trabalho coletivo e dessa busca de conhecimentos.

Magri está otimista. “Cabeça é bom de base, é politizado e sabe dialogar com todo mundo, desde o trabalhador mais humilde à autoridade máxima. Ele será a continuidade de um projeto aprovado pela categoria e a experiência de quase seis décadas”. O ex-operário da Light aconselha: “Faça o simples. Seja simples e verdadeiro, pois é assim que são os trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicas”.