De vez em quando, na história do Brasil, o substantivo comunista vira palavrão. Melhor dizendo, satanizam a palavra sempre que setores de esquerda (e não necessariamente comunistas) conquistam governos e ampliam sua faixa de poder.

Exemplos: 1) Quando Juscelino Kubitscheck ganhou pra Presidente, tentaram impedir sua posse alegando que era comunista - não era; 2) Quando João Goulart (Jango) foi derrubado, em 1964, acusavam que as “reformas de base” tinham conteúdo comunista - não tinham; aliás, Jango era um homem rico; 3) Os inimigos dos governos Lula viam comunistas até debaixo da cama. Mas acontece que Lula é católico praticante.

Tem gente que corre da palavra comunismo. Não é o caso de Edmilson Felipe Nery, um dos fundadores do nosso Sindicato. Ele milita na categoria desde o começo dos anos 1960 e ocupou a presidência da entidade por três mandatos seguidos. Ou seja, de 1978 a 1981, 1981 a 1984 e 1984 a 1987.

Em seu livro “Uma biografia sindical”, lançado em 2020, o paraibano de Santa Rita, nascido em maio de 1940, faz questão de frisar sua concepção ideológica e seus vínculos com o então PCB - Partido Comunista Brasileiro.

História - Não há como dissociar a história de nosso Sindicato da trajetória do companheiro Edmilson, que também ajudou anos atrás a fundar a Associação dos Aposentados Metalúrgicos de Guarulhos e, nos anos 1980, se destacou na reorganização da Federação dos Metalúrgicos do Estado.

Compromissos - Na página 130 do livro, se pode ler: “Nunca quis me perpetuar no poder. Continuo me considerando um idealista e, sempre que posso, ou sou solicitado, participo da luta contra as injustiças sociais.”

VÍDEO - Nos próximos dias, exibiremos depoimento gravado pelo companheiro sobre os 58 anos do nosso Sindicato.