Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 04/6/2021 - sexta-feira

Líder vigilante explica controle 
de armas e formação profissional

Amauri Rodrigues, presidente do Sindicato dos Vigilantes de Guarulhos e Região, participou da Live Metalúrgica quinta (3). Ele falou sobre a formação do profissional de segurança privada, explicou o cuidado com os armamentos e também lembrou que vigilante é monitorado pela Polícia Federal e Ministério da Justiça.

O sindicalista alerta tomadores de serviço para as cautelas na hora de contratar empresa que vende serviço de vigilância privada. Também orienta que “só pode trabalhar em nosso setor o profissional que tiver Carteira nacional do Vigilante - CNV”.

A formação do vigilante patrimonial é feita em academias reconhecidas, monitoradas pela PF. O profissional é rigorosamente selecionado. “Se tiver condenação na área criminal, não entra na categoria. Se for condenado,  deixa o setor”, diz Amauri Rodrigues.

Armas - Nem todo vigilante trabalha armado. O armamento pertence à empregadora. O Estado exerce controle rigoroso sobre esse arsenal. E as entidades de  classe orientam o trabalhador a ter cautela. “Segurança é menos arma e mais inteligência”, frisa Amauri.

Colete - Hoje, o colete à prova de balas virou EPI. Mas não era assim. Essa luta começou em Guarulhos. Ele diz: “Fizemos um projeto de lei em 1992, por meio do deputado federal Jorge Tadeu Mudalen. A luta avançou. Mas foram anos pra aprovar. O colete já salvou muitas vidas”. 

ASSISTA - A entrevista, que foi transmitida ao vivo pelo nosso Facebook, continua disponível no FB e, em breve, estará em nosso canal do YouTube.


Live foi conduzida pelo jornalista João Franzin, assessor de Comunicação do Sindicato

Trechos principais:

Formação - Profissional de segurança é treinado pelos cursos de formação. Há várias escolas no estado que têm formado bons profissionais. Nesse curso se aprende defesa pessoal, tiro, direito, teoria e prática. Dois anos depois, volta pra escola pra reciclagem. Também tem exame psicológico. 

Antecedentes criminais - Não pode ter condenação. Precisa tirar todas as certidões negativas. Se constar algo, não será homem da segurança privada.
 
Carteira nacional - Sem esse documento ele não trabalha em lugar nenhum.
 
Segurança orgânica - Vai solicitar alvará na Polícia Federal, como as empresas fazem. É como se fosse um departamento da empresa, só que de segurança. O princípio pra contratar o profissional é o mesmo. Ministério da justiça fornece alvará. 

Números - Mais de 1 milhão de vigilantes. Trabalhando hoje, torno de 500 mil. 

Armas - Infelizmente ainda é o 38. Acho que tem que mudar tudo. A segurança privada do jeito que é hoje não serve pra nada. Pode colocar uma metralhadora que não resolve a questão. O modelo antigo de segurança privada não serve. É preciso qualificar melhor a segurança no País. O estado, que é quem concede os alvarás, precisa ter mais agilidade. 

Exigência - Segurança antes de tudo é inteligência, não é armamento. Exige inteligência, noções de direitos humanos, integração com pessoas do Ministério Público, membros da OAB. Teria que ter um Conselho Nacional com pessoas qualificadas. 

Academias de tiros - Totalmente diferentes. Pra se ter uma ideia, as psicólogas das academias de formação de vigilantes são cadastradas na Polícia Federal. 

Sigilo - O profissional que atua na área de segurança privada não deve citar onde e com quem trabalha. Se estiver trabalhando em agência bancária, o cuidado tem que ser dobrado. Não pode brincar. O crime organizado não brinca.

Oportunismo - Entendo que essa turma (políticos) é um bando de oportunista. Nunca fizeram nada pela categoria. Respeito instituições. Acredito no papel democrático das Forças Armadas e que elas vão cumprir o papel da Constituição. No que diz respeito aos policiais oportunistas, cabos, sargentos que tentam no momento pré-eleitoral se aproximar pra usar a categoria.

Joe Biden - Se não fosse os sindicatos como estaria o País hoje? Não sou eu que digo não. É o Joe Biden, que diz que Sindicato é fundamental na sociedade. Se é importante lá, imagina aqui? 

Dilma - O início da luta pelo adicional de risco de vida inicia-se em 1979 com primeira greve dos trabalhadores. De lá pra cá, a luta foi constante. Em 2011, os trabalhadores organizados e com unidade a nível nacional vão a Brasília e marcam reunião com presidente do Senado, Sarney. Pedimos apoio pela periculosidade. Foi aprovado e encaminhado pra Dilma. No dia 12 de dezembro foi publicado os 30% de periculosidade. É uma luta que muitos não viram, porque já tinham ido embora. Foi luta grande, com várias lideranças. A participação dos trabalhadores foi importante.

Colete - Essa luta se inicia em Guarulhos. Fizemos um projeto de lei em 1992, encaminhamos ao vereador Jorge Tadeu pra iniciar projeto de colete a prova de bala para os vigilantes. A luta foi avançando. Muitos desanimaram. Anos depois se transforma em EPI. Foram anos de luta pra aprovar. Já salvou muitas vidas. 

Gambiarra - Existe ainda. O número de empresas de segurança que existe é absurdo. É mais fácil ter empresa de segurança do que uma quitanda. As picaretagens são imensas. Muitas prestam serviços com preço baixo e depois quebram. 

Mensagem - Agradecer espaço dos Metalúrgicos, vanguarda da luta pelos trabalhadores do País, não só em Guarulhos. Parabenizar Agência Sindical por espaço e capacidade de produzir conteúdo para os trabalhadores. Para qualquer informação, o telefone do Sindicato é 2408-2292.

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