ELE É O RODRIGO DA CIPA
No segundo andar da sede, funciona o Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador, coordenado pelo diretor Elenildo Queiroz Santos (Nildo). Seu braço direito é o Rodrigo. Ou seja, Rodrigo Martins dos Santos, que trabalha no Sindicato desde 2003. “Era ainda no prédio antigo, na Rua dos Metalúrgicos”, ele lembra.
Aos 40 anos, casado e pai de uma menina, Rodrigo é formado Técnico em Segurança do Trabalho e também tem formação universitária na área de Recursos Humanos, pela UNG Guarulhense da gema, é fiel da Igreja Batista. Para Rodrigo, o grande ensinamento cristão é “Amar ao próximo como a ti mesmo”, que ele procura pôr em prática na sua atividade profissional.
Cipa - Rodrigo cadastra Cipas, relaciona cipeiros, acompanha a agenda eleitoral nas empresas, orienta trabalhadores sobre acidentes ou doenças, faz gestões junto ao INSS por benefícios e, se precisar, encaminha os casos para o Médico do Trabalho ou ao Jurídico do nosso Sindicato.
O cipeiro titular tem estabilidade no emprego, podendo exercer dois mandatos, caso reeleito. Entre suas atribuições, estão atuar para prevenir acidentes, alertar sobre riscos de doença, cobrar EPIs eficientes e buscar junto à empresa soluções por mais saúde e segurança. Caso isso não avance, cabe ao membro da Cipa procurar o Sindicato, a fim de verificar as providências cabíveis.
Rodrigo Martins dos Santos trabalha no Sindicato desde 2003
Diferenças - Com base na sua experiência na área, Rodrigo diferencia acidente de doença. “Em regra, acidente é algo que ocorre em determinado local, em dia e horário. Já a doença pode ser resultado de uma progressão de fatores, cujo resultado final é o adoecimento do trabalhador”.
Todo acidente ou doença, ele alerta, precisa ser relatado na CAT - Comunicação de Acidente de Trabalho (ou doença). Os acidentes e doenças, ele diz, podem ser evitados com medidas preventivas e autonomia de atuação para a Cipa. Em caso de morte ou lesão grave, chama-se a Polícia para a ocorrência.
Ataques - O governo atual tem procurado desmontar a rede legal de proteção à saúde e segurança. Uma das formas desse desmonte é com a alteração das NRs (Norma Regulamentadora). Uma das mais importantes é a NR 5, que obriga à formação de Cipa na empresa acima de 20 empregados. Segundo Rodrigo Martins dos Santos, “a busca de lucro pela empresa é natural, mas essa busca não pode ser imposta com desumanidade, com exposição do trabalhador a riscos, com desprezo à vida humana”.
Entre outras normas importantes, ele cita a NR 7, que cria o PCMSO - Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional. Dessa Norma provém a obrigatoriedade dos exames admissional, demissional e periódicos. “Até mesmo numa mudança de função há que se fazer o exame, pra verificar se o profissional está em condições de executar as tarefas”, explica o Técnico do Sindicato.
Prensas - Nesses anos todos, Rodrigo aponta que um avanço concreto se deu com a ampliação da NR-12, a chamada “NR das prensas”. Máquinas perigosas, as prensas precisaram de normas mais rigorosas, a fim de prevenir acidentes e penalizar o empregador relapso. “A máquina precisa ser segura”, adverte nosso Técnico.
De acordo com Rodrigo, se a empresa não emitir a CAT, o acidentado pode procurar o Sindicato, que preencherá o documento e encaminhará ao INSS. Toda Comunicação de Acidente de Trabalho, ele destaca, precisa ter uma cópia em poder do empregado.
Diretor Nildo e Rodrigo participam de programa de TV
Mudanças - O estresse passou a ser rotina de todos os que trabalham. É hoje um dos grandes indutores de doenças no ambiente de trabalho. Outros males que ganharam projeção, nos últimos anos, são assédio moral e sexual. “O assédio, quando comprovado, figura como doença ocupacional”, afirma nosso Técnico.
No ambiente estressado de hoje (agravado pela pandemia), o trabalhador precisa ser poupado da pressão excessiva. Nesse sentido, ginástica laboral ajuda? Rodrigo da Cipa responde: “Pena que poucas pessoas a adotem. Mas a ginástica laboral nunca foi tão importante e necessária para a saúde individual e o bem-estar coletivo”.
Rodrigo Martins dos Santos pede aos cipeiros que fiquem atentos ao conteúdo das CATs. E apela a empregadores para que não falseiem dados ou situações no documento. “Esse tipo de manipulação pode gerar processos e custar caro na Justiça”, ele comenta. Rodrigo trabalha no segundo andar do Sindicato, todo dia, das 9 às 18 horas. O telefone é o 4965.9317.
Educado, discreto e eficiente, Rodrigo da Cipa é um aliado importante na luta do Sindicato em prol da saúde e da segurança dos trabalhadores. Ele completa: “Estou à disposição de todos, porque meu trabalho tem a ver com a saúde e a vida. Se a empresa tem dúvidas, eu procuro esclarecer. Se o empregado sofreu acidentes ou está com sequelas, ele terá aqui sempre o apoio, o suporte e a solidariedade”.
Rodrigo faz questão de realçar a experiência do diretor Nildo Queiroz, responsável pelo Departamento. “Nildo trata o assunto com a seriedade que o tema merece. Sabe muito e não economiza esforços pela segurança, a saúde e a vida dos metalúrgicos e metalúrgicas”.
MAIS - Ligue no 4965.9317 e fale com Rodrigo.