O sindicalismo brasileiro, o bom sindicalismo, apoia-se em muito na qualidade das assessorias. Nosso Sindicato, nesses 59 anos de vida, sempre procurou trabalhar com gente boa, qualificada e que veste a camisa metalúrgica. É o caso de Sandro Régio, o popular Sandrão.

Com mais de três décadas no movimento sindical, Sandro Régio dos Santos, 52 anos, conta que sua personalidade foi formada dentro do Sindicato dos Metalúrgicos. Sua trajetória tem muitas histórias.

Casado com Mauricéia Maria, com quem tem uma filha de um ano e seis meses, a Nicole Maria, e uma enteada de 12 anos, Maria Eduarda. “Nicole é minha primeira filha. Foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Ela é um presente de Deus”, diz o pai feliz.

Início - Sandrão começou no Sindicato em 1985, com 16 anos. Entrou por indicação de um diretor que era conhecido do seu pai, Arlindo, metalúrgico aposentado, que trabalhou na Mannesmann (ex-MTP). Sandro já era auxiliar de escritório. Antes de vir ao Sindicato foi office boy e auxiliar de receita fiscal. “Quando entrei aqui já tinha registro em Carteira”, conta.

Ele fala de sua história: “Aos 13 anos, comecei a trabalhar em feira-livre, vendendo verdura nos bairros de Guarulhos. Fiquei nas feiras por mais de um ano, e aos 15 entrei no antigo matadouro de Guarulhos (Macedo) como office-boy, depois passei a ser auxiliar de escrita fiscal. Logo em seguida, arrumei emprego na Tecfil, em Cumbica”. Trabalhou de 1998 a 2000, como auxiliar de Segurança do Trabalho na Tecfil.
Além do Sindicato dos Metalúrgicos, Sandro também foi assessor durante dois anos e meio do Sindicato da Construção Pesada do Estado de São Paulo, em 2019, onde atuou na linha de frente, inclusive em greves da categoria.

Cipa - Sandro conta que ele e o finado Sebastião, que era diretor, foram os fundadores do Departamento de Segurança do Trabalho no Sindicato. “Nós cobrávamos a implantação das Cipas nas fábricas. Naquela época, somente as grandes empresas levavam a sério. Nossa luta foi regularizar a Comissão no máximo de empresas”.

Atuação - Dentro do Sindicato, Sandro já trabalhou no Departamento de Imprensa, no Dieese e hoje atua na Secretaria, departamento de contribuição. “Já passei por muitos setores também, como assessor da diretoria”.


Greve - Sandro Régio dos Santos relembra da luta que marcou sua trajetória aqui. Foi a greve na Luxalum, em 2005. “Durou 19 dias a luta pela Participação nos Lucros e/ou Resultados. Os trabalhadores aderiram em peso. E, no final, conquistamos o reajuste no benefício”, ele relembra.

Política - “O brasileiro está num beco sem saída”, avalia Sandro. Pra ele, o movimento sindical não sobreviveria com a reeleição do atual governo. Sandrão alerta: “Seria o fim dos direitos dos trabalhadores e dos avanços conquistados com muita luta e sacrifícios por seguidas gerações”.

Orientação - Para Sandro, a política rege a vida social. Ele orienta o trabalhador: “Participe, se informe, seja consciente e vote em candidatos que defendam os direitos da classe. Estamos em ano de eleição, por isso, procure saber em quem votar e escolha bem seu presidente, governador senador e deputados. Seja cuidadoso ao fazer sua opção, porque depois não adianta reclamar”.    

Lema - “Ser honesto, ter personalidade e trabalhar muito. Isso é o que defendo na vida”, conclui o assessor e camarada Sandro.