Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região
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• 12/01/2024 - sexta-feira



A caminhada de luta de Tieta

Eduardo Apóstolo Santos Oliveira (Tieta) é o diretor e coordenador que comanda a equipe que cuida da Colônia de Férias do Sindicato, em Caraguatatuba. Gerir a Colônia é um desafio diário, mas que proporciona alegria a este baiano nascido há 56 anos, em Conceição de Coité, e que chegou a São Paulo em 1986. Como ele afirma, “é muito bom ver os companheiros com suas famílias felizes, e até com certo orgulho por tudo o que oferecemos aqui.”


Trajetória - Trabalhador dedicado que desempenhou inúmeras funções como prensista, ajudante geral, eletricista, na empresa Zito Pereira, Tieta aproximou-se do Sindicato a partir de 1990. Ele já era cipeiro, depois tornou-se delegado sindical, sempre disputando eleições. Uma decisão que contribuiu na sua trajetória foi procurar fazer todos os cursos que o Sindicato disponibiliza. Isso garantiu a sua conscientização e fortaleceu a sua formação.  

A partir dos anos 2000, passou a frequentar o Sindicato diariamente, e foi quando participou da caminhada realizada por mais de uma centena de sindicalistas que caminharam até Brasília. Como ele lembra, “Fomos até a capital federal. O nosso foco era recuperar tudo o que perdemos no período do Collor, aumentar o salário mínimo, que naquela época era R$ 280,00, retomar o Fundo de Garantia e dar força pro movimento. Foram 30 dias na estrada, com muitos companheiros se revezando.”


Sindicato - Após a iniciativa, voltou para Guarulhos, desligou-se da Zito Pereira e trabalhou na campanha de Chicão pra vereador. Entre 2001/2002, José Pereira dos Santos tornou-se o presidente do Sindicato, e Tieta passou a atuar no conselho fiscal da presidência. Nessa altura, a Colônia era terceirizada e o espaço não era como é atualmente. 

O tempo passou, e Tieta mantinha-se sempre diligente no trabalho e no cotidiano do Sindicato. Em 2009, Pereira faz-lhe o convite para cuidar da Colônia. “Foi quando começaram as obras de ampliação. Aumentamos a piscina, tiramos a cozinha dos quartos, fizemos o refeitório coletivo, modificamos várias coisas”, ele rememora.


Colônia - A sua experiência e a dedicação demonstravam que o Sindicato podia contar sempre com ele. “Na gestão do presidente Josinaldo (Cabeça) cheguei a administrar o Clube de Campo e a Colônia, deu muita preocupação, mas queria melhorar as condições para os companheiros, então era arregaçar as mangas e procurar fazer aquilo que ele pensava, oferecendo mais opções de lazer. Apesar disso tudo, eu não gosto de dizer que sou administrador, pois a gente faz aquilo que o Sindicato pretende”. E no caso do patrimônio que hoje existe “é uma conquista de muitos sonhos, trabalho e luta, que envolve muita gente. Mas sem o apoio e a vontade da direção do Sindicato, não se conseguiria realizar”, reconhece Tieta.


Há dois anos está direto em Caraguatatuba, o trabalho na Colônia exige, “a rotatividade é grande, está aberta de dezembro a dezembro, e estamos sempre a planejar melhorias, pois isso não pode parar, e tem os problemas do dia a dia”, conforme ele explica, “é preciso manter a disciplina, mostrar que o espaço é de todos e o cuidado também”.

Melhorias - Para que as condições da Colônia permaneçam, há uma série de regras que é preciso seguir. Tieta diz, “Se não for assim, o pessoal excede e nós queremos respeito e zelo pelo nosso patrimônio. Apesar dos ataques que sofremos nos governos de Temer e Bolsonaro, conseguimos crescer, fizemos essas melhorias, e a última, o ar-condicionado nos quartos, foi resultado de planejamento, junto com a vontade do nosso presidente Josinaldo. Então tem que conscientizar as pessoas a cuidar e manter tudo”.


Futuro - As perspectivas para o futuro são mais melhorias e ampliar tudo que já foi conquistado até aqui.  O que lhe dá orgulho mesmo é ver o pessoal feliz, como ocorreu nas festas quando o Sindicato ofereceu ceia de natal e na passagem do ano, sem custos, “ficaram agraciados, todo mundo se derretia de elogio ao Sindicato, pois foi uma ceia de qualidade que oferecemos”, acentua Tieta, “famílias inteiras rindo e se deliciando com o jantar de primeira. O que eles não sabem é que por trás disso tem todo o trabalho da nossa direção ”.


O mesmo já tinha acontecido quando foram instalados ar-condicionado nos quartos, “com esse calor que está fazendo, os visitantes se deliciaram com a novidade oferecida”.

Todos estes quesitos contribuem para os resultados, com números significativos de hospedagem. “O que acontece é que o sócio conhece o que se oferece aqui, então passa a colocar nos seus planos de fim de semana, férias ou feriados. Está na agenda do pessoal: rumo à Colônia de férias, pois aqui terá hospedagem, comida, lazer e alegria. O que mais vai querer?”. Como frisa Tieta, “Tem famílias que não perdem a ocasião, vem filho, filha, namorado da filha, avô, sobrinho etc. Tem gente que até lamenta quando vai embora, a molecada nem se fala”.


Sustentabilidade - Outro benefício a assinalar foi a instalação das placas solares, que permite maior sustentabilidade para a Colônia. “Foi uma conquista que exigiu muita dedicação e investimento, mas conseguimos concretizar, depois de colocar no papel e fazer mesmo. Se não tivéssemos planejado, não tinha ido pra frente”.

Batalhar, lutar e melhorar é o lema deste dirigente que trabalhou desde os oito anos na roça e conheceu o pai aos 18, tem um filho que é piloto de avião, e uma filha prestes a se formar como perita criminal. “Aprendi desde cedo que a vida é luta e trabalho. Mais ainda quando passei pro Sindicalismo. A gente não trabalha só pra nós, é pra todos. O trabalhador tem o direito de se divertir, de dar o melhor pra sua família. Quando o Sindicato pode proporcionar isso, então está cumprindo a sua função, está garantindo nada mais do que o direito da gente ser feliz.”  


A Colônia de Férias em números:
38 apartamentos equipados com televisão e frigobar.
14 apartamentos abrigam até seis pessoas.
24 acomodam até dez pessoas.
O espaço pode receber até 324 pessoas instaladas.
Piscina funciona das 9 às 22 horas.
Lanchonete abre às 7 e encerra às 22 horas.
Restaurante funciona no café da manhã das 7 às 9 horas; no almoço, das 12 às 14 horas; no jantar, das 18 às 20 horas. 

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