O mundo inteiro paga impostos. Até a economia mais potente do planeta, como a dos Estados Unidos. Só que lá, o rico paga mais que o pobre. Aqui no Brasil é o contrário. Os impostos sempre foram um calvário pra o pobre brasileiro.

“Aqui, o rico considera invasão estatal a cobrança minimamente justa de tributos. Essa herança cultural vem das Capitanias Hereditárias outorgadas pela Coroa Portuguesa”, diz nosso presidente Josinaldo José de Barros, no artigo semanal no jornal Guarulhos Hoje da quarta (24).

Ao abordar esse tema no artigo “Imposto e cultura”, Cabeça mostra que o sindicalismo luta contra essa situação e cobra do governo que as faixas do Imposto da Pessoa Física sejam atualizadas, o que beneficiaria trabalhadores de renda mais baixa, assim como segmentos da classe média.

Ele relembra: “Aprovamos na Conclat 2022 que só deve haver imposto de renda acima dos R$ 5 mil. E o então candidato Lula assumiu esse compromisso. No ano passado, ele subiu de R$ 1.903,98 pra R$ 2.212,00 o piso do desconto. Ocorre que, agora, com o reajuste real do salário mínimo, mais gente fica sujeita ao imposto de renda”.

É absurdo, diz Cabeça, desconto de imposto em salário abaixo dos R$ 5 mil. “Nosso Sindicato estará, mais uma vez, na linha de frente dessa luta”, afirma. Mas não só isso, explica: “Por coerência com nossa história, vamos cobrar que os ricos brasileiros paguem mais imposto. Principalmente os que mantêm dinheiro em paraísos fiscais, especulam na Bolsa de Valores ou vivem de gordas rendas bancárias”.

E conclui: “A redução no imposto de renda sobre salários injetaria mais dinheiro no mercado interno, e todos ganhariam. Haveria mais consumo, mais produção e até mais arrecadação de impostos sobre o consumo de bens e serviços”.