Partindo do princípio que “o pilar sólido de uma economia é a indústria”, não temos dúvidas que Guarulhos andou na contramão. E as consequências são danosas para o desenvolvimento do município. 

No seu artigo semanal publicado no jornal Guarulhos Hoje, quarta (17), nosso presidente Josinaldo José de Barros (Cabeça) faz um alerta sobre o desmantelamento de nossas indústrias nas últimas décadas. 

E a situação não é diferente no atual governo Guti. Várias fábricas já deixaram Guarulhos por falta de incentivo fiscal. Procuraram outras cidades que valorizam mais o setor industrial.

Quem não se lembra da Phillips, Olivetti, Borlem, Iderol, Persico Pizzaniglio, MTP, Barbegreen e Estamparia Murilo? E o Atelier Mecânico Morcego, Yamaha, Dmaio Gallo, WEG, SKF Rolamentos e Giganardi, entre tantas outras que fecharam ou foram embora de Guarulhos?

As consequências são inúmeras. O Município perdeu capital, empregos diretos e indiretos, poder de compra, deixou de recolher recursos com impostos e atrasou o progresso. Ou seja, Guarulhos ficou mais empobrecida.

No texto “Sem indústria não há progresso”, Cabeça lembra que nossa infraestrutura urbana é precária demais. E dá exemplo: “A região de Cumbica é o grande centro gerador de impostos no Município. Mas ali ainda tem muitas ruas sem asfalto, gerando todo tipo de problema para empresas e trabalhadores”.

Ele também alerta que, mais uma vez, a Furp - Fundação para o Remédio Popular voltou a ser alvo de ataques do governo do Estado, antes com João Doria, hoje com Tarcísio de Freitas. “O eventual fechamento [da fábrica] vai tirar do povo uma vasta gama de remédios, e nós ficaremos à mercê dos laboratórios multinacionais”.

Mas há como resolver tal situação. Cabeça dá a dica: “Com mobilização da sociedade, do setor produtivo, dos trabalhadores e pressão em cima do poder público”.